Mercado de San Roque |
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X Taller Ciudad de Quito
QUITO/ Equador, 2015
Evento acadêmico anual promovido pela PUC do Equador, onde reuni estudantes, cidadãos e profissionais na área de arquitetura e demais, para discutir a cidade. O evento tem como a troca de experiências e laboratórios realizados no local, a busca por soluções cotidianas, como empoderamento local, auto-organização e do direito ao território. A ASF foi convidada a participar como palestrante oficial e corpo de trabalho mostrando suas experiências e buscando junto ao coletivo novas soluções.
A atividade teve inicio no dia 13/09/2015, com uma visita a área de intervenção - Mercado de San Roque e seu entorno, onde diferentes grupos atuantes no encontro se dividiriam por setores para tentar propor novos projetos de acordo com as demandas locais.
A proposta inicial depois de observar certas dinâmicas do cotidiano, o que sugeria a mudança dos pontos fixos que se instalavam nas calçadas para a rua, as calçadas seriam destinadas a circulação de pedestres; uma grande cobertura de toda a rua, como elemento simbólico com a intenção de integrar a rua com o edifício do mercado, como se todos passassem a ter um teto para se proteger, definindo um novo limite para o complexo comercial. Para apresentação da proposta foi elaborado estratégias de representação que não constrangessem os comerciantes e incentivassem a todos a manipulação e transformação da proposta.
Porém a disputa de território é algo latente, principalmente junto ao tráfico de drogas e falta de legitimidade, não sendo assim, aceita a proposta oferecida aos vendedores. A questão no Mercado de San Roque era maior do que mudança fïsica.
Com grande humor e para chamar a atenção para o que estava sendo enfrentado, o grupo no qual a ASF estava participando, representado por Tiago Castelo Branco Loureço, teve a ideia de criar um documento para legitimir o espaço daqueles comerciantes.
Criou-se um documento que seria expedido por uma instância superior que declarava a legitimidade do ponto de venda na Calle Loja para o comerciante que lá estivesse trabalhando. Para tornar mais simbólico o momento da entrega salientando a situação de abandono pelo poder público daquela região da cidade, solicitamos a ajuda divina, afinal, Deus criou o mundo é pode contribuir na construção novas possibilidades.
Como a relação com Deus é sempre intermediada por alguém inventamos um Santo e um Padre, São Tiangez seria o representante divino da vontade de Deus no Mercado de San Roque, e Padre Castelo Branco, um monge vindo de terras distantes para entregar o Título de Legitimidade para os comerciantes
O trabalho apresentado mostra a indignação dos participantes e reforça a atenção para os problemas locais ali vivenciados. Fazer arquitetura é mais do que apenas erguer prédios ou apresentar projetos.
Arquitetos:
Abigail Montenegro, Alejandra Dávila, Carla Narváez, Carlos De La Torre, Deniss Santillán, Diana Peñaloza, Diego Gaibor, Fernanda Esquetini, Fernanda Ponce, Francisco Carpio, Javier Mera, Jéssica Calvopiña, José Álvarez, José López, José Paredes, Kenny Espinoza, Mishel Yanez, Natalia Moreno, Pablo Puente, Pavel Guerrón, Santiago Carvajal, Sebastián Pérez, Shirley Cortéz, Tiago Castelo Branco Lourenço, Valleria Villacís.
Parceiros:
Al Borde, Aqua Alta, Citio, Gescultura, Laboratorio de Urbanismo Político, Quito Eterno, Taller Sur, Todos Por La Praxis, Tranvia Cero, Con Lo Que Hay, Rama Estudio, Espinoza Carvajal, Simone Cadamuro, El Sindicato, Ese Colectivo, ERDC, Escala Real, Ensusitio, TXP e Usina.
Imagens:
Maurício do Valle e Tiago Castelo Branco Lourenço
Outras Informações:
Projeto desenvolvido dentro 10º Taller Internacional Laboratorio Ciudad de Quito